quarta-feira, 25 de junho de 2008

Acendendo outras fogueiras

No São João não teve fogueira nem balão. Em Japaratinga o luar foi igualzinho ao do sertão e as estrelas todas estavam lá. Verdade que uma ou duas se largavam do firmamento e iam bater no mar. Aproveitei pra fazer pedido, que ninguém é besta ()

Fomos lá pra Pousada DoZé Cabanas. Eu, o Nego e a Sogra. Leusinha e Cesinha também foram com Davi e toda a imaginação que uma criança é capaz de ter! Ficamos na total bobeira do universo curtindo o sono, a comida, o livro e muita conversa fiada.

Engraçado foi no primeiro dia a sogra dizer: filha, minha cabeça já está vazia! Como é bom esvaziar a cabeça do cotidiano pra encher de outras coisas. Boas, ruins, tanto faz como tanto fez, ou simplesmente nada.

Foi ótimo passar esses dias juntos. Sogra é uma coisa que muita gente não gosta de ter. Eu gosto muito da minha. Guerreira, batalhadora, simples e com um gás sem igual. Começou a trabalhar dando aula no antigo MCP (antes da “ revolução de 64” ) e acabou de se formar em mais um curso superior e, ainda, trabalha 3 expedientes. Tudo isso não denuncia os sessenta e lá vai chumbo.


Ficamos catando conchas, mangando um do outro, fofocando. O filho, que no caso é meu Nego, ficou foi dengando. Suas duas mulheres. Ninguém precisou falar da alegria daquele tempo juntinho, fortalecendo as relações. As mãos dadas denunciavam. Fazia tempo que a gente não ficava assim. Conversando, dormindo e acordando. Contando histórias de quando cada um, o mundo de cada um, ou o mundo simplesmente era de um jeito que a gente viveu. Dividindo o passado, no presente delicia. Preparando o corpo e a alma para o rojão que está porvir.